Olá! Esta é O Corvo de Prata, a newsletter oficial do Série Maníacos que vai te deixar a par do que acontece no mundo da TV!
Vamos às novidades? Booora!
Talvez você tenha ficado sabendo que aquela humilde premiação, o Oscar, anunciou os indicados do ano.
Já está em clima de Carnaval por aí? Nesse verãozão, vem aí o quarto ano de Soltos em Salvador. Quem também anda soltinho no pagode é Jake Gyllenhaal, que distribui chutes e socos a torto e a direito no trailer de Matador de Aluguel, novo filme do Prime Video.
Ainda em clima tropical, a temporada Tailândia de The White Lotus já está lotando o resort - novos nomes foram adicionados ao ano 3. Falando em elenco, Noomi Rapace e Jonathan Banks estrelam Constelação, novo suspense psicológico da AppleTV+.
Pra quem está curioso com a série infantojuvenil brasileira que a Netflix anunciou, já tem trailer no ar. Numa outra pegada de conteúdo infantil… Avatar está dobrando os ares na Netflix, com direito a efeitos épicos. Já pra quem quer um conteúdo nada infantil, a série animada Invincible, do Prime Video, terá a segunda parte da temporada 2 em breve.
Pra completar, confira as estreias de fevereiro da Netflix. E se junte ao cordão, porque o bloco do Corvo está só começando!
Nathália Pandeló
Editora da newsletter
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Monarch: Legado de Monstros, do AppleTV+, é uma baita produção milionária que se passa no Monsterverse, o universo do Godzilla, King Kong e outros titãs. Esse é um vídeo muito especial porque não apenas Michel faz a sua crítica especializada da série, mas também conta com entrevistas exclusivas com o elenco da série.
UM UPGRADE NO CORVO!
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ESTREIAS DA SEMANA
O que chega às plataformas de streaming de 29/01 a 04/02:
NETFLIX
Filmes: Caminhos da Sobrevivência (31/01), Orion e o Escuro (02/02)
Séries: Alexandre - O Nascimento de um Deus (31/01), Baby Bandito (31/01), O Turista (01/02), Minha Vez de Amar (02/02)
Documentários: A Noite Que Mudou o Pop (29/01)
Séries documentais: Nascar - Velocidade Máxima (30/01)
Anime: Dungeon Meshi (30/01)
Stand up: Jack Whitehall - Vida de Adulto (30/01)
PRIME VIDEO
Filmes: Um Lugar Bem Longe Daqui (31/01), Loucas em Apuros (31/01)
Séries: Mr. & Mrs. Smith (02/02)
O QUE ASSISTIR: CÉSAR LACERDA INDICA!
Hoje, recebemos um convidado direto do mundo da música! César Lacerda é reconhecido como um dos grandes cantores e compositores brasileiros da geração dos anos 2010, destacando-se por mais de 60 composições em álbuns de renomados artistas, parcerias com grandes compositores e apresentações em diversos países. Sua influência também traz contribuições em trilhas sonoras - como nas novelas “Amor de Mãe” e “Todas as Flores” da Rede Globo; filmes, como “Pai em Dobro”, da Netflix; e seriados, como “NCIS: Los Angeles” da CBS. Na última sexta, César lançou um remix da canção “Nítido Cristal Puro” em parceria com o DJ e multi-artista Rocha Ishi (colaborador em diversas produções do Heavy Baile). Pra completar, César está com mentoria artística aberta para quem quer se desenvolver no mundo da música.
Confira a dica que ele deixou!
Monster
Onde assistir: Cinemas
Duração: 2h6m
Em 2023, eu havia assistido a “Close” (2022), com direção de Lukas Dhont (diretor e roteirista belga que havia lançado em 2018 o incrível “Girl”), e havia ficado extremamente tocado pela forma doce e terna como o filme aborda e entrelaça temas como infância, machismo, bullying, morte e amizade – tudo isso com atuações admiráveis e uma fotografia elegante. Já em 2024, o primeiro filme que assisti no ano foi o premiado “Monster” (2023), do incrível diretor japonês Hirokazu Kore-eda – o filme está em cartaz nos cinemas.
Mencionei anteriormente “Close”, porque penso que ele faz uma linda dobradinha com “Monster”. Ambos os filmes realizam um mergulho muito sensível na infância. Aprofundando um pouco: de alguma maneira, quando falamos sobre crise climática, empobrecimento da população mundial, aumento da desigualdade, estamos falando sobre como será o amanhã. Ou seja, que mundo estamos deixando para as crianças (as que já nasceram e as que ainda virão). Portanto, as escolhas que fazemos hoje, desde aquilo o que consumimos, até como criamos nossos filhos, é algo central sobre a discussão do futuro do planeta. Sinto que essa discussão complexa que trouxe aqui está ali de forma subliminar nos dois filmes. O que é lindo é que essa complexidade toda surge com muita doçura, muita beleza, muito acolhimento, muita elegância.
Por fim, como se não bastasse, a trilha de “Monster” é do meu ídolo Ryuichi Sakamoto. Vão logo aos cinemas. Vocês não vão se arrepender.
Siga César Lacerda:
AUDIÊNCIA
Confira as séries mais assistidas no TV Time entre 15/01 e 21/01:
Reacher (Prime Video)
Percy Jackson and the Olympians (Disney+)
Echo (Disney+)
The Traitors (Peacock)
Monarch: Legacy of Monsters (AppleTV+)
ted (Peacock)
For All Mankind (AppleTV+)
Death and Other Details (Star+)
What If…? (Disney+)
NCIS: Sydney (Paramount+)
Fonte: Whip Media
SOBE E DESCE
O que está indo bem e o que está na pior no mundo do entretenimento.
ALTA: Netflix. O Tudum reforçou sua posição como a principal plataforma global de streaming ao adquirir 13,1 milhões de assinantes no quarto trimestre de 2023, um recorde para o período. A receita do quarto trimestre superou as previsões de Wall Street, mas o lucro líquido ficou abaixo das expectativas. A empresa encerrou 2023 com um total de 260,28 milhões de membros em todo o mundo, superando as estimativas médias de novas assinaturas para o trimestre final em 8,8 milhões. Como a transição de ano é pesada, fica aí uma ajudinha extra para pagar o IPVA e comprar o material escolar dos filhos do Ted Sarandos.
BAIXA: Sundance. O festival de 2024 revelou menos filmes com potencial para o Oscar, vendas mais lentas e alguns sucessos no gênero de horror. A indústria de filmes independentes enfrenta uma crise de identidade, com a bilheteria de filmes de arte ainda se recuperando do impacto da COVID-19. As plataformas de streaming, anteriormente dispostas a pagar mais por estreias no festival, adotaram uma abordagem mais conservadora em meio a desafios financeiros. Como resultado, houve pouco burburinho para fora da bolha de cobertura do festival.
DERIVADO CAST
Já ouviu o novo Derivado Cast? Na pauta: Oscar 2024, Sociedade da Neve, Reacher, Eco, NFL, Aberto da Austrália, F1, A Morte Entre Outros Mistérios, O Zelador, Yellowstone, True Detective, Mestres do Ar.
ANÁLISE
Mais um sinal do fim do Peak TV
Em 2023, a produção de séries roteirizadas nos EUA teve uma queda acentuada de 24%, totalizando 481 séries, em comparação com 633 em 2021 e 2022, marcados como anos de Peak TV. Um novo estudo da Ampere Analysis atribui essa redução a greves em Hollywood e a uma diminuição nos gastos com conteúdo, que já vinha se delineando.
Os serviços de streaming por assinatura foram responsáveis pela maior parte da queda, lançando 77 temporadas a menos, seguidos pelas redes de TV aberta, que lançaram 55 temporadas a menos. As paralisações dos roteiristas e atores contribuíram significativamente para o declínio, adiando muitas novas temporadas para um início de meia temporada em janeiro e fevereiro de 2024. Embora haja a possibilidade de temporadas truncadas em 2023-2024 se juntarem às temporadas completas de 2024-2025 no outono, proporcionando um aumento temporário, a recuperação total é esperada a ser lenta, com muitos títulos programados para lançamento em 2025.
A Netflix reduziu suas estreias de 107 em 2022 para 68 em 2023. Outros serviços de streaming também reduziram seus lançamentos, indicando uma tendência de menor quantidade de conteúdo em 2024. Além disso, o estudo destaca uma mudança na indústria de TV, com um aumento na produção de séries internacionais em detrimento das produções dos EUA nos principais serviços de streaming por assinatura americanos. Entram aí questões de globalização das marcas, custos reduzidos e incentivos fiscais, sem falar no impacto negativo que a dependência de um só mercado de produção pode ter (vide - de novo - as greves recentes).
Essa queda de ¼ das séries roteirizadas nos EUA sinaliza uma transformação significativa na indústria da TV. Várias tendências emergem desse cenário, apontando para uma nova fase na indústria televisiva.
Restrições orçamentárias: Os acordos pós-greve levaram à instantânea redução nos gastos com conteúdo. Esse declínio destaca a vulnerabilidade da indústria a eventos externos, como paralisações, e a necessidade de adaptação a restrições orçamentárias.
Mudança nas estratégias: Plataformas de streaming por assinatura estão ajustando suas estratégias. A diminuição nas estreias, especialmente por parte da Netflix, sugere uma mudança de foco ou uma abordagem mais seletiva na aquisição de conteúdo, possivelmente buscando qualidade sobre quantidade.
Internacionalização da programação: O aumento na produção de séries internacionais em comparação com as produções dos EUA indica uma mudança no centro de gravidade da indústria televisiva. A internacionalização do conteúdo destaca a diversificação de histórias e a crescente importância de narrativas globais para o público, além de baratear os custos muitas vezes.
Desafios para redes de TV tradicionais: As redes de TV aberta enfrentam desafios contínuos, com a queda nas temporadas lançadas. O impacto das greves e a mudança nas preferências do público podem estar influenciando a transição para modelos de lançamento mais flexíveis e estratégias de programação inovadoras. Os cortes nos gastos com publicidade também estrangulam o setor.
Recuperação gradual: A perspectiva de temporadas truncadas em 2023-2024 se unindo a temporadas completas em 2024-2025 pode proporcionar uma recuperação temporária. No entanto, a análise da Ampere destaca que a recuperação completa será lenta, indicando que a indústria da TV pode enfrentar desafios persistentes nos próximos anos.
No fim das contas, o estudo desenha aquilo que já temos debatido aqui no Corvo: a indústria da TV está passando por uma fase de ajuste, adaptando-se a eventos externos e às mudanças nas dinâmicas de consumo. A globalização do conteúdo e a busca por eficiência financeira sugerem que a indústria está respondendo a um ambiente em constante evolução, buscando equilibrar inovação e sustentabilidade. Parece que a era do Peak TV de John Landgraf está, de fato, iniciando seu declínio. Foi bom enquanto durou.