Olá! Esta é O Corvo de Prata, a newsletter oficial do Série Maníacos que vai te deixar a par do que acontece no mundo da TV!
Não precisa entregar idade, mas alguém aí lembra do canal USA? Pois a rede será relançada no Brasil a partir de outubro, ocupando a grande do canal SYFY. Antes disso, porém, um dos maiores “vem aí” do ano: O Continental, série do universo John Wick, estreia no Prime Video. Também na plataforma de A a Z surge um Gael García Bernal como nunca se viu antes no trailer de Cassandro, e na Netflix, Michael Fassbender e Sophie Charlotte estrelam O Assassino.
Na editoria produções nacionais, O Sequestro do Voo 375 ganhou trailer, enquanto Amar é Para os Fortes, série criada por Marcelo D2, ganha data de estreia no Prime Video. Por lá também terá A Menina que Matou os Pais – A Confissão, longa com os bastidores da investigação do caso Richthofen; e Maníaco do Parque, filme sobre o serial killer. Num clima um pouco mais leve, porém competitivo, vem aí Shaking The Bar, reality do Sony Channel que eleva a criação de drinques. Ah, e Sintonia ganhará a sua quinta e última temporada na Netflix.
Tem muitas novidades de programação, inclusive realities de reforma no Discovery Home & Health e variadas estreias no Prime Video e AppleTV+. Se é de cinema que você gosta, a MUBI vai receber o novo média metragem de Almodóvar e terá um setembro com muitos clássicos, enquanto a Netflix se prepara para um fim de ano movimentado com filmes destinados à temporada de premiações.
Ufa, e nem acabou ainda! Se liga em muitas outras novidades abaixo.
Nathália Pandeló
Editora da newsletter
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One Piece é só para fãs do anime? É só pra quem leu os mangás? Ou qualquer um pode curtir essa que é uma das maiores apostas na história da Netflix? Será que o Iñaki Godoy entrega como o Luffy? Essas e muitas respostas no vídeo que Michel fez das suas primeiras impressões do live action.
ESTREIAS DA SEMANA
O que entra no calendário das plataformas nos próximos dias, de 04 a 10/09:
NETFLIX
Séries: B.O. (06/09), Apartamento 6/9 (06/09), Infâmia (06/09), A Fórmula de Sultan (06/09), Virgin River - Temporada 5 (07/09), Top Boy - Última Temporada (07/09), Corpo em Chamas (08/09), O Mundo da Espionagem (08/09)
Minissérie: Depois da Cabana (07/09)
Reality: Orange County À Venda - Temporada 2 (08/09)
Produções coreanas: O Tempo Traz Você Pra Mim (08/09)
Documentários: Arquivos da Perversão: Os Abusos na Boy Scouts of America (06/09), Predadores do Mundo Animal (06/09), O Caso Rosa Peral (08/09)
Animações e animes: Kung Fu Panda: O Cavaleiro Dragão (07/09), Gamera: O Renascimento (07/09), A Série Mestre Pokémon (08/09)
Filmes: O que será do amor? (07/09), Sitting in Bars with Cake (08/09)
MUBI
Filmes: A Camareira (07/09), Cala a Boca Philip (08/09), Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum (08/09), O Grande Ditador (08/09), Luzes da Cidade (08/09), O Garoto (08/09), Tempos Modernos (08/09), Vida de Cachorro (08/09), Em Busca do Ouro (08/09), Post Mortem (08/09)
PARAMOUNT+
Animação: Star Trek: Lower Decks (07/09)
PRIME VIDEO
Séries documentais: FC Barcelona - Uma Nova Era - Temporada 2 (06/09), All or Nothing: The National Team in Qatar (08/09)
Filme: How to Date Billy Walsh (08/09)
DISNEY+
Animações: Eu Sou Groot
APPLETV+
Séries: The Changeling - Sombras de Nova York (08/09)
O QUE ASSISTIR: MARCELO COSTA INDICA!
A coluna dessa semana recebe uma dica perfeita para os fãs de música - por isso, recorremos a uma das autoridades no assunto! Marcelo Costa é jornalista e editor do Scream & Yell, e deixa uma sugestão de pérola da Netflix ainda pouco conhecida:
Quando essa série foi lançada pela Netflix, em 2020, muitos brasileiros a criticaram, não sem razão, já que “Quebra Tudo: A História do Rock na América Latina” exclui o Brasil dessa história, um equívoco que seria facilmente resolvido se o título fosse “Quebra Tudo: A História do Rock cantado em espanhol na América Latina”. Releve, no entanto, esse deslize porque a série em seis episódios, coproduzida por Gustavo Santaolalla, é um apanhado imperdível da música e cultura produzidas em nossos países vizinhos que, por um acaso histórico, político, social e... ditatorial sempre estiveram distantes de nós. Em 2023, com portais de streaming acessíveis, p2p e séries como essa, não temos mais desculpas: é assistir, ouvir e se apaixonar por diversas bandas. Faça o teste.
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AUDIÊNCIA
A partir de hoje, nosso ranking será em formato de texto, facilitando assim a acessibilidade para todos os nossos leitores. Essa é uma das sugestões que recebemos em nossa recente pesquisa e que começaremos a implantar aos poucos. Obrigada a todos que responderam!
Confira as séries mais assistidas no TV Time entre os dias 21 e 27 de agosto:
Only Murders In The Building (Star+)
Ahsoka (Disney+) *estreia da temporada
And Just Like That… (HBO Max)
Futurama (Star+)
Special Ops: Lioness (Paramount+)
Fundação (AppleTV+)
The Afterparty (AppleTV+)
Harley Quinn (HBO Max)
Reservation Dogs (Star+)
The Summer I Turned Pretty (Prime Video)
Fonte: Whip Media
SOBE E DESCE
O que está em alta e o que está na pior no mundo do entretenimento.
ALTA: Hijack. A série da AppleTV+ se tornou apenas a segunda do streaming da maçã a entrar para a medição de audiência da Nielsen, o instituto mais conceituado dos EUA. Antes da série estrelada por Idris Elba, apenas Ted Lasso tinha conquistado o feito. De acordo com a métrica da Nielsen, foram assistidos 357 milhões de minutos de Hijack na semana em que foi ao ar o final da temporada, ficando em oitavo lugar no top 10. Nada mal.
BAIXA: The Idol. A série polêmica da HBO, liderada por Sam Levinson (Euphoria) e The Weeknd, foi cancelada após uma temporada apenas. Um comunicado do canal agradeceu aos criadores e disse que se tratava de um dos programas originais mais “provocantes” e que ficaram felizes com a “forte” resposta da audiência. Só faltou especificar qual o sentido dessas duas palavras…
Já ouviu o último Derivado Cast? Na pauta: Ahsoka, Cangaço Novo, Quem é Erin Carter, Ballers faz sucesso na Netflix, The Idol cancelada, O Urso 2ª Temporada.
ANÁLISE
Trabalhadores de efeitos da Disney e Marvel votam pela sindicalização: o que isso significa para o cinema e a TV?
A sindicalização dos trabalhadores de efeitos especiais (VFX) na indústria cinematográfica está ganhando destaque, sinalizando uma mudança significativa no tratamento e nas condições de trabalho desses profissionais. Tanto a equipe de VFX da Marvel Studios quanto a equipe da Walt Disney Pictures deram passos históricos em direção à sindicalização no mês de agosto, buscando as mesmas proteções e direitos que seus colegas sindicalizados já desfrutam, num momento em que questões trabalhistas na indústria estão pegando fogo.
Na Marvel Studios, a maioria dos membros da equipe de VFX expressou seu desejo de ser representada pelo International Alliance of Theatrical Stage Employees (IATSE), marcando um momento crucial na história da indústria de efeitos visuais. Essa ação acontece em meio a greves de outros sindicatos da indústria cinematográfica, como o Writers Guild of America (WGA) e o Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA), que buscam acordos melhores com os principais estúdios.
Da mesma forma, a equipe de VFX da Walt Disney Pictures também está buscando sindicalização, com mais de 80% dos membros autorizando o início desse processo no fim do último mês. Esta é a segunda vez na história que profissionais de VFX se unem para exigir melhores condições de trabalho, remuneração adequada, assistência médica, benefícios de aposentadoria e outros.
Essas decisões tornam-se notórias por dois fatores. Primeiro, porque a sindicalização permanece sendo um tabu no mercado de trabalho dos EUA, gerando insegurança nos empregadores - séries de The Office a Succession retratam isso em diferentes níveis. Outro ponto é que as equipes de VFX andam sob escrutínio ultimamente, considerando fenômenos recentes como o Sommelier de CGI - as reclamações constantes de fãs com a qualidade dos efeitos, em especial nos da Marvel e DC, vêm expondo a precarização do trabalho desses profissionais. Estúdios terceirizam esses trabalhos e pagam por lotes de serviço que não levam em conta a complexidade de cada cena, resultando em projetos apressados para atender às demandas da indústria.
Embora haja preocupações sobre o uso de inteligência artificial (IA) nos VFX, os profissionais concordam que a IA pode ser uma ferramenta, mas ainda será necessária a orientação humana para garantir a qualidade final das imagens. Existe o receio de que os estúdios possam usar a IA para produzir efeitos visuais inicialmente e, em seguida, exigir que os artistas de VFX corrijam e aprimorem essas imagens, criando uma carga de trabalho desigual e desafiadora para os artistas.
Como dá pra ver, há muito em jogo em um mercado que está sendo rapidamente abalado pelas demandas recentes. Com as decisões por sindicalização, a indústria cinematográfica está no limiar de mudanças que podem estabelecer um precedente importante em termos de justiça e igualdade para todos os profissionais envolvidos na criação de filmes e efeitos visuais. Com tamanha confusão, é o mínimo que podemos esperar.